O silêncio voltou. Não há pensamentos. Meus olhos se negam a abrir. Estou caindo, e não há nada nem ninguém que possa impedir tal fato. Sim, fato. Estou sendo forte até demais. Tentando, mais e mais, relacinar minhas emoções às de uma pedra. Se as deixar tomarem conta de mim, esse provavelmente seria o meu fim. Minhas lágrimas lutam para serem libertadas, mas sinto que as concequências poderão piorar, se isso ocorrer. Guerreando contra mim mesma, com todas as minhas forças, com todas as minhas armas, com todas as minhas razões. Sei que, pouco a pouco, minha derrota será declarada, mas continuarei lutando, até que o chão se torne meu alicerce, até que a útima gota de meu sangue seja derramada, até que o último pedaço de mim desapareça.
Um retorno ao que antes chamara como pesadelo: é tudo o que mais desejo. O escurecer do dia; o brochar das flores; e o solitário frio. Estando tarde, percebe-se algo. Há uma esperança. Pequena e insignificante, mas ainda assim, ela está lá. A razão para conseguir-se pedir por apelo. Preciso da lua. Nada mais do que a lua. Só ela, cheia e brilhante, pode trazer de volta o que a vida me obrigou a me afastar.
É obscuro demais para conseguir-se compreender. Mas se pudera entender, ao menos uma parte, posso classificar-te como alguém que realmente sabe ouvir o que os outros têm a dizer.
Grata, Raah (: